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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Ainda é pouco, meu amor


Hei, olhe só: hoje faz um tempinho que estamos juntos. Um tempinho bom, gostoso e maravilhoso. O sorriso ainda é o mesmo do começo, mas agora com um quê de cumplicidade e mais de felicidade. Seu abraço é um refúgio, como se fosse um porto seguro.

Com a cabeça no seu peito, chego a conclusão que esse é o melhor lugar que eu estive nos últimos quatro anos e que não quero mais sair. Mas não é só isso. Tem algo em você que faz com que eu te queira cada vez mais.

Uma coisa tenho que dizer: você pode até ser chatinho, mas eu ainda amo você. São detalhes que fazem parte de você e não quero perder nada do que você tem a me oferecer, porque isso também me faz te amar. E não posso deixar de falar que você é um verdadeiro amigo. Sei que posso contar com você, até porque é isso que eu realmente faço. Conto com você e conto mais você. Conto mais você em todos os meus planos, assim, simples, fácil. Conto com você nas minhas conquistas, dúvidas e crises. De tudo, um pouco. Assim, é você que eu preciso. Seu caminhão comporta meus poucos grãos de areia. Eu sei disso.

Já disse e vou repetir: dois anos não são dois meses, mas ainda é pouco.


Raphael, seu chato, você é uma pessoa única e totalmente amado. Pois, mesmo você dizendo que não gosta de cócegas, mas rindo quando as faço, eu amo você. Ao infinito e além ida e ao infinito e além volta.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Existe um cara, é só esperar

We Hear It
Exceção ao texto

Segundo o que diz o dicionário a palavra perfeito é:
per.fei.to adj (lat perfectu) 1. Em que não há defeito; que só tem qualidades boas. 2. Cabal, completo, rematado, total. 3. Que resume muitas qualidades boas. 4. Magistral, notável. 5. Destro, exercitado. 6. Belo, formoso de corpo; elegante. 7. Gram Diz-se do tempo verbal que se refere a uma ação ou estado já de todo passado. 8. Dir De conformidade com as exigências legais. 
E é nesse pequeno conjunto de palavras que começamos o texto.

Não existe um homem perfeito. Não mesmo. Desculpa. Esse cara da capa da revista ou o da novela das nove que lhe apresentaram como "perfeição em pessoa", "Deus grego" e mais outras bobeiras do tipo, é só conversa pra boi dormir. Desculpa por lhe decepcionar, moça, é a realidade. Mas, em compensação, tenho uma outra notícia para você que é muito melhor. Não existe esse cara perfeito, mas existe um cara.

É bem provável que ele vá chegar do nada. Clichê, não?! Sim, mas a vida é cheia de clichês, e no quesito "caras" não é diferente. Enfim, ele vai chegar do nada. Não será o mais bonito e talvez nem seja o mais engraçado, mas de alguma forma boba, ele vai te fazer sorrir e rir. E, do mesmo jeito, pode ser que te faça sentir raiva e queira explodir palavras que você não vai saber explicar depois. Caras bacanas também fazem isso.

Esse cara não vai ser tão presente no seu dia a dia como você pretende que seja. Ele também tem a vida dele. O trabalho dele, a faculdade dele. Mas ele sempre vai estar por perto e fazer parte nas suas escolhas, dúvidas e medos. Porque é isso que uma pessoa companheira de verdade faz. Ele te trará leveza no coração. É isso que faz bem.

O cara do comercial de televisão é totalmente diferente desse cara bacaninha. Na TV e na revista tem o famoso photoshop apagando seus defeitos, por isso são belos e formosos de corpo. A vida que nós vivemos, a vida de verdade, não existe photoshop. O cara que te digo é cheio de pintinhas espalhadas pelo corpo, defeitos (claro), algumas cicatrizes, não vai abrir a parta do carro, odeia cócegas e você vai achar cada detalhe disso lindo.

Então, moça, relaxa aí. Você vai ter seus encontros e desencantos que a vida gosta de nos dar. Mas, nesse caso, é só virar a página e seguir em frente de novo e de novo, quantas vezes for preciso. Não dê chilique, não desista na hora errada e espere. O segredo é esperar.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Capítulo 18 - minha janela continua aberta

Google
Vai ficar um pouco extenso... Sorry.

Sim, eu sabia que, uma hora ou outra, o Peter Pan não viria mais para me buscar. Mas imagino que continuarei lutando contra o Capitão Gancho.

Enfim, dezoito anos, algumas coisas mudam, outras nem tanto e umas ou outras vão ficar intactas. Mas espero que esse ano seja bem melhor que ano passado (não que ano passado tenha sido ruim, mas...). Agora caiu a ficha: as responsabilidades requerem mais atenção, tenho mais responsabilidades e as responsabilidades não acabam (mas quantas responsabilidades, hein, Ângela!?), pois é, para você ver! Eu sei que para realizar meus sonhos a única coisa que eu preciso mesmo é dedicação (e dinheiro!) ao extremo. E já que eu comecei a escrever isso, vou pelo menos escrever sem fazer tanta graça.

E nesse compasso de meses e mais meses quanto mais aprendo, menos sei e contrariamente mais certezas tenho sobre essa vida invisível. Porém, sou nova e não sei nada sobre nada ainda. Minhas experiencias são poucas, não quebrei a cara o suficiente ainda, disso eu sei com certeza. Das multidões já estou me afastando um pouco, as indecisões que já me geravam distanciamentos, hoje muito mais. Pois, apesar de jovem, sei bem que a vida é curta.
Mas ainda há muita esperança, pois mesmo curta, a vida é profunda, cabe muita coisa nela. O passado pode ser visto de outra maneira, o futuro planejado de diversos modos, o presente saboreado da melhor forma possível, muito bem temperados com loucuras e um pouco de lucidez, como de costume.

Há muito amor, muita paixão, muitas lágrimas e solidão ainda. Paciência e tolerância, principalmente. Os sonhos vão sendo editados e pouco a pouco vou sabendo mais o que não quero para mim, e no caminho para saber o que quero.
Mas a palavra de hoje é gratidão, e é isso que lanço à tudo a minha volta nesse momento. Tenho mais uma palavra para hoje: reciclar; estou reciclando minha vida, reescrevendo minha história, vomitando o que me impede de crescer e ser feliz. Mesmo não sendo o que eu gostaria de ser, sou mais do que imaginei que um dia seria, estou aprendendo a me amar melhor.

A vida ainda nos surpreende, e é isso que nos faz dizer que ela vale "a pena".


Er.. Parabéns para mim, então, e para meu pai! (Fazemos aniversário no mesmo dia ;D)

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Acontece que o café sempre esfria



Adoro cafés. Essas mesinhas em calçadas largas são tão chamativas que nem espero mais que elas me gritem pelo nome; logo sento e peço o "de sempre". Forte com açúcar. E uma rosquinha conhecida como "forró-bodó" na minha terra, mas que nem todos lá sabem da existência do nome.

O café chegou, agradeci ao garçom e olhei em volta. Não sei o porquê. Não é da minha rotina fazer isso, mas hoje fiz. Algumas mesinhas encheram minha vista, mas algo chamou mais a atenção de meus olhos por trás do óculos. Barba por fazer, mas bem cuidada. Camiseta verde claro combina com os olhos castanhos. Tiro o óculos para observar melhor, ele me pega olhando-o, dá um sorriso tímido, levanta e vem em minha direção. Oi?

Sim, ele senta à mesa. À minha frente. Lindo, realmente. Conversamos enquanto bebo o café sem sentir seu gosto. Ele faz faculdade na federal da cidade; gosta de pingado*; seus olhos não são castanhos, são cor de mel; divide apartamento com dois amigos; gosta de viajar; prefere comédia a terror; conta os dedos dos pés; toca violão; comida favorita é lasanha; sobremesa: sagu; gosta de ler; sua cor favorita é verde; ama o mar; escuta blues, rock e mpb; toma café por amor, e não porque virou moda. Fico sabendo muito mais que deveria em pouco tempo de conversa. Conversamos por uma hora? Menos? Não sei. Continuo a beber meu café sem gosto. Descubro que ele é fotógrafo, e quer tirar uma foto minha, gostou do meu chapéu. Tudo bem, pode tirar.

O flash deve ter me acordado. Eu olhei novamente para o cara, ele me pega olhando-o, dá um sorriso tímido e vai para outra direção. Meu café, intocado, esfriou.


*Pingado é a mistura de um pouco de café e um tanto de leite.