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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Playlist: new tag

Eu gosto muito de ouvir músicas (quem não?), e estava aqui parada pensando em como reorganizar meu quarto mais uma vez quando decidi fazer uma nova tag aqui no blog.
Vai ser assim: vou trazer algumas músicas que gosto/conheci algumas vezes no mês. E vou começar já!

Essas são algumas músicas que estou ouvindo por estes dias; tanto nacionais quanto internacionais.


Leoni - É Proibido Sofrer


Arctic Monkey - Fluorescent Adolescent


Seu Jorge - Seu Olhar


The Royal Concept - On Our Way



Espero que goste! =]

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Mudança no fim do túnel



Talvez eu ter mudado de caminho tenha feito a roleta do Universo girar e a pedrinha tenha caído em "MUDAR A VIDA DE ALICE". Eu, que ganhava a vida apenas escrevendo contos e textos em revistas femininas, agora trabalho de garçonete no bar à cinco quarteirões da minha casa. Não por necessidade, dizem que meus textos são bons, ganho bem com isso. Foi mais para mudar mesmo. Na verdade, não acho que foi uma peça que o Universo queria pregar em mim, talvez tenha sido instinto, natureza. No dia seguinte, eu voltei ao bar e tinha uma plaquinha dizendo que precisavam de garçonete. Na hora, olhei a placa e me senti indiferente quanto a ela, sentei na mesa e fui escrever.

Comecei a ficar sem ideias, já havia colocado absolutamente tudo de um pouco de mim em todos os textos que já escrevera. Comecei a pensar seriamente se as esquinas trocadas teriam sido uma boa ideia para mudar minha vida. Então dei uma olhada para fora do bar, minha vontade de sair correndo, por nenhuma lâmpada acender dentro de mim, aumentava a cada segundo. Assim que olhei para a porta, vi que tinha achado a luz no fim do meu túnel e nela havia algumas letrinhas piscando bem forte:

Precisa-se de garçonete. 
Tratar no balcão.

Minha salvação em duas frases, seis palavras e um avental. Tive a leve impressão de que certas pessoas não gostariam de saber daquilo, mas era para o meu próprio bem e para o bem do meu emprego. E outra, precisava de experiências novas, e estava sentindo que aquela seria maravilhosa. Bom, pelo menos era o que eu esperava. Fui encontrar minha inspiração naquele balcão, mas por hora, só encontrei o Zé. Sabe aqueles caras de uns quarenta e tantos anos e que os cabelos pouco grisalhos os deixam com aparência de experientes e bonitos? Esse é o Zé, que disse para eu chegar lá no dia seguinte às sete da noite.

Não contei à ninguém que estou trabalhando atrás de um balcão. Não quero dar explicações do tipo: Não! Não quero nem vou ficar a vida inteira levando cantada de bêbados e lavando copos. Até porque aquele bar não tinha tantos bêbados safados. Já disse, quero experiências novas e é isso que espero ter. Fazia tempo que não me sentia assim, entusiasmada e ansiosa com alguma coisa. Penso que estava errada de imaginar que estava à procura de alguém para me mudar, precisava mesmo era da minha criatividade renovada. E era isso que eu ia ter, à exatamente dezenove horas e trinta e quatro minutos.


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Mistérios que me prendem o sorriso



Procuro alguém com quem desabafar. Minhas incertezas, ansiedades e neuras estão de volta. Vindo devagar, mas sinto que não são o trio de sensações mais leve. Não sei o que fazer e o que faço, não sei se esta certo. Na maioria das vezes, não. Não quero me acostumar com estas idas e vindas dos meus sentimentos confusos e embaraçosos. As coisas não têm mais graça. Enjoo fácil de coisas, jogos, pensamentos e pessoas. Deve ser por isso que não tenho alguém para descarregar todas esses mistérios que me prendem o sorriso.

Creio que minha velha agenda já está de saco cheio de tudo o que escrevo. Porém, ela não tem do que reclamar, se não estivesse comigo estaria no lixo. Parece-me que é o que ela está virando. Um monte de palavras escritas para serem jogadas fora. Às vezes sem importância, às vezes com o mundo em poucas letras. Bobeira escrever? Para você, para mim é necessidade. Respeite, meu caro.

Porém, ninguém vê que sorrio para disfarçar o que realmente sinto, sorrio para não demonstrar o que escrevo ou o que penso. Já dizia Clarice: "Sorria sempre. Seus lábios não precisam traduzir o que acontece no seu coração." Sigo na risca o que ela disse, mas esses dias não estou conseguindo segurar. Parece que o universo inteiro está a favor da queda de minhas lágrimas e nada faz com que isso pare.

Preciso mudar. Melhorar minha auto estima, em primeiro lugar, para ver se muda a direção das minhas perturbações internas. Cortar o cabelo, de início. Sempre corto o cabelo quando algo não está bom. É algo involuntário, meu subconsciente simplesmente põe no meu consciente que tenho que mudar o corte do meu cabelo quando estou me sentindo dessa maneira. Desanimada, triste. Quando terminei com meu último namorado, cortei o cabelo no ombro e franja de lado. Para mudar a vida. Esquecer dele.

Ainda procuro alguém. Mas se eu não consigo me ajudar, quem vai? Tenho medo do meu futuro, que, aliás, não está nada longe.