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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

{Melhores Quotes} A Menina Que Roubava Livros

Vi um post parecido com esse no blog Livro de Capa Dura e pensei vou amar fazer isso lá no blog! Pronto, amei e vou fazer.
Vou colocar os melhores quotes - na minha opinião - dos livros que já li a algum tempo e os que acabei de terminar. Mas hoje, o livro da vez, será A Menina Que Roubava Livros, de Markus Zusak.


"Talvez esse seja um castigo justo para aqueles que não possuem coração: só perceber isso quando não podem mais voltar atrás."

"Com um sorriso desses, você não precisa de olhos."
"As palavras sempre ficam. Lembre-se sempre do poder das palavras. Quem escreve constrói um castelo, e quem lê passa a habitá-lo."
"Não resmungou nem gemeu nem bateu com os pés. Simplesmente engoliu a decepção e optou por um riso calculado - um presente dela para si mesma."

"Como a maioria dos sofrimentos, esse começou com uma aparente felicidade."
"Mas, afinal, será que é covardia reconhecer o medo?"
"Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo."
"Imagine sorrir depois de levar um tapa na cara. Agora, imagine fazê-lo vinte e quatro horas por dia."
"O ser humano não tem um coração como o meu. O coração humano é uma linha, ao passo que o meu é um círculo, e tenho a capacidade interminável de estar no lugar certo na hora certa. A consequência disso é que estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feiura e sua beleza, e me pergunto como uma mesma coisa pode ser as duas. Mas eles tem uma coisa que eu invejo. Que mais não seja, os humanos têm o bom senso de morrer." 
"Eis um pequeno fato: você vai morrer." 
Eu, simplesmente, amo esse livro. Quando li, achei que ia morrer desidratada de tanto chorar. Muitos não terminaram de ler o livro por causa da história "monótona", eu também quase parei de lê-lo, mas uma amiga quase me ordenou a terminá-lo e eu sabia que ele era/é muito interessante - por causa dos quotes que lia por aí. Enfim, super indico o livro. Muito bom. E sugiro comprar uma caixinha de lenços junto com o livro, confie em mim. E aí, gostaram? Tem algum quote que não esteja aqui e vocês gostam também? Coloque aqui nos comentários! Tenho uma página - Livrateria -, junto com uma amiga, que postamos vários quotes de vários livros. Vamos adorar postar mais! *-*

Por hoje é isso, au revoir!

domingo, 21 de setembro de 2014

O eterno paradoxo de nós dois


Você reclama do meu jeito infantil. Eu digo que não sei ser de outra forma e que você é um chato. Você diz que preciso amadurecer. Eu digo que você é maduro demais. Você diz que eu sonho alto demais e me preocupo de menos. Eu digo que você sonha de menos e se preocupa demais. Você diz que sou organizada. Eu digo para não entrar no meu quarto. Você diz que sou muito emotiva, mas que entende que esse é o meu jeito. Eu digo que você se esconde, mas eu não entendo esse jeito seu. Você diz que eu reclamo muito de tudo. Eu digo que você reclama muito, e o pior é que é de coisas pequenas. Você diz que tenho amigos de menos. Eu digo que você tem amigos demais. Você diz que sou doida. Eu digo que faço o que gosto. Você diz que sou muito otimista, achando que meus pensamentos positivos possam mudar as linhas do universo. Eu digo que você é muito realista e um tanto pessimista, que se não fosse por isso, meus pensamentos positivos poderiam, sim, mudar o universo. Você reclama das minhas unhas grandes, às vezes. Eu digo para parar de roer as unhas e você faz cara de criança, sempre. Você diz que sou boba. Eu digo que um dia você vai se arrepender de não ser bobo comigo por dois minutos. Você diz que não sou santa. Eu digo que você poderia ser.
Você diz "eu te amo". Eu digo "amo você".

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

{Resenha} Você Verá - Luiz Vilela

Hoje tem resenha para quem vai prestar o vestibular 2015 da UEMG (Universidade Estadual de Minas Gerais) ou para quem apenas gosta de contos.
Você Verá é uma das obras literárias que foram pedidas na UEMG e, como vou prestar também, resolvi fazer uma resenha do livro.

O livro é composto por 11 contos bem curtos. As 126 páginas são quase uma enganação, pois as páginas são grossas e as letras são grandes.

"Zoiuda" -> Esse primeiro conto apresenta uma lagartixa como uma personagem marcante. Seu papel é fazer companhia à um solitário professor de português. A vida desse professor é bem monótona, tanto no colégio quanto nos bares e quando a lagartixa some e aparece de novo, ele admite, mesmo relutante, que sem a presença dela "aquele apartamento ficara um pouco mais vazio". (p.11)

"Era aqui" -> Um homem vai à sua cidade natal com a namorada e mostra o lugar que há muito havia um campinho de futebol no qual jogava na infância. É sobre promessas mentirosas dos políticos da época e a saudade de seu tempo de criança. Um sabiá que canta também o faz lembrar de antigamente e o leva a fazer uma declaração de amor à sua namorada.


"O que cada um disse" -> Aqui, vemos uma perspectiva diferente de cada pessoa sobre o que um sujeito, aparentemente do bem, poderia ter feito. Uma senhora (bom, pelo menos, dá a impressão de ser) chega a comparar os humanos com florestas: "... você olha de fora, e a floresta é aquela maravilha; mas você entra, e lá dentro você dá com onças, cobras, escorpiões...". (p.20)

"Céu estrelado" -> O homem volta de carro para a sua cidade na noite da virada do ano e, como "propósitos de Ano-Novo", ele decide não correr. Isso faz com que a sua mulher ridícula, com quem ele conversa pelo celular, fique desesperada achando que ele vai chegar atrasado na sua casa cheia de pessoas que ele não quer ver. Ele encontra um tatu na estrada e o trata de uma maneira que nenhuma outra pessoa trataria o bichinho. Esse conto mostra muito das angústias do ser humano.

"Todos os anjos" -> Esse é o mais criativo, em relação à imaginação das crianças. É a conversa entre pai e filho, onde o filho acaba de sair da sua aula de catecismo. A história gira entorno da existência de anjos que o pai chega a compará-los com pássaros, minhocas e cobras voadoras, na época em que todos os bichos falavam. "... minhoca só falava na língua delas: o minhoquês." (p.42)

"O Bem" -> O conto mais longo do livro. Um advogado bem sucedido narra os acontecimentos de um desentupidor de privadas, chamado Bem, com quem começa a ter amizade. Aqui temos o conhecimento da crueldade humana, onde o narrador acaba tendo prazer em ouvir, pelo telefone, as desgraças que vêm a calhar sobre o pobre coitado. Mais desventuras acontecem quando o gato quebra um vaso de sua esposa e o cachorro de seu filho morre. Um dos melhores contos, na minha opinião.

"Quando fiz sete anos" -> O homem recorda-se de quando ganhara um presente do avó, um presente inútil, que não funcionava. Porém ficou tão feliz por ter ganhado algo de alguém que gostava tanto que até se comparou com um animal: "... fui para casa, a três quarteirões dali, voando como um alegre pássaro da manhã". (p.80)

"Corpos" -> Esse é bem mórbido, Luiz nos mostra sinais negativos da curiosidade humana: duas pessoas entram na internet para ver as fotos dos corpos estraçalhados em um acidente de avião. "Abra um porco e verás teu corpo, dizia minha avó." (p.85) dizem quando vêem um corpo de uma pessoa.

"Noite feliz" -> O conto trágico mostra história de uma mulher solitária numa noite de Natal. Ela prepara uma surpresa para seus parentes que (acha que) chamou para sua casa. Mas sente falta é do gatinho chamado Pretinho que sua família não levou. Luiz nos dá pouca informação sobre a história em si.

"Mataram o rapaz do posto" -> Aqui há um grande mal entendido sobre a morte do rapaz. Um gambá aparece na história, mas o que fede mesmo é - de novo - a crueldade do personagem que conta o que realmente aconteceu no posto.

"Você Verá" -> No conto que fecha o livro, temos um homem à espera de seu ônibus num bar de rodoviária em Brasília, no começo da capital. O senhor dono do bar se sente esperançoso em relação à cidade e ao Brasil, que diz que é "um país onde todos terão oportunidade, onde ninguém mais passará fome, ninguém mais precisará pedir esmola nas ruas" (p.108)


Achei o livro muito focado no tempo e nos animais. Todos os contos têm alguma comparação ou falando algo sobre eles. E sobre o tempo, Luiz está sempre dizendo algo que aconteceu ou que vai acontecer, que sente saudades...
Espero que meus concorrentes não leiam isso! haha

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

{Resenha} O Beijo das Sombras - Série Academia de Vampiros - Richelle Mead (VA.1)

Estava pensando se fiz errado de falar sobre a série Academia de Vampiros inteira aqui antes de fazer a resenha sobre seus livros separadamente, mas cheguei a conclusão que se foi errado, tenho uma desculpa: eu estava muito empolgada com os livros e precisava desabafar minha alegria.
No post que falei sobre todos os livros não tem nenhum spoiler (o que foi muito difícil de se fazer) e vou tentar fazer o mesmo nas resenhas que farei de cada um dos livros.


Para começar: é uma série vampiresca, sim, e não, não tem nada a ver com Crepúsculo. Os vampiros de VA não brilham like a bitch, não são as coisas mais fortes do mundo e não são imortais.
Haters gonna hate, mas eu não li os livros de Crepúsculo, apenas vi os filmes. As únicas séries que li que têm vampiros foi House Of Night e Evernight, e também não são nada parecidos. Bom, isso foi apenas para esclarecer algumas coisas. Bora pra resenha!

No livro, temos três tipos de "vampiros". Vou explicar bem detalhado, pois muitas das vezes, as pessoas não entendem muito bem essa parte da história no primeiro livro (aliás, li algumas resenhas que essa explicação não tinha nada a ver com a coisa em si). Existem os Moroi, que são vampiros que bebem sangue humano apenas para sobreviver, têm o poder de manejar um dos quatro elementos e o sol apenas causa certa irritação neles; os Dampiros, que são meio vampiros, meio humanos, eles têm as melhores qualidades das duas raças, podem ficar sob o sol, não bebem sangue e desde crianças são destinados a se tornarem guardiões dos Moroi por um simples motivo: os Strigoi. Os Strigoi são vampiros do mal, são imortais, queimam no sol, bebem sangue como se fosse água, porém o sangue que os deixam mais fortes é o sangue Moroi. E como os Moroi são uns bunda-mole, eles não se protegem e precisam dos guardiões para fazer esse trabalho. Assista o filme no minuto 4:50, a partir daí, a Rose explica como funciona. (P.S.: o filme não tem muita coisa a ver com o livro no começo, não julguem.)

“Não importa o que aconteça no nosso mundo, algumas verdades básicas sobre vampiros não mudam jamais. Os Moroi são vivos; os Strigoi são mortos-vivos. Os Moroi são mortais; os Strigoi são imortais. Os Moroi nascem Moroi; os Strigoi se transformam em Strigoi.”
O início do livro mostra a vida de Lissa e Rose fugitivas, vivendo no mundo humano. E só iremos entender o real motivo de ambas fugirem da escola mais na metade do livro, pois elas guardam muito bem esse segredo. Mas, às vezes, há algumas coisas que "descobrimos" antes de Rose, o que dá uma visão meio tapada dela, mas isso muda muito no decorrer da história.
O sistema Moroi é uma monarquia. A rainha está lá, os membros do seu conselho também. Existe 12 famílias reais, Lissa Dragomir é uma princesa Moroi, última da linhagem Dragomir. Todos os seus parentes já morreram, inclusive seu pais e seu irmão, num recente acidente de carro em que as únicas a saírem misteriosamente vivas, foram ela e Rose. As duas são melhores amigas desde que se conheceram na São Vladimir, que é uma escola especializada para a formação de Moroi e seus guardiões, onde estudam. Rose Hathaway é uma dampira, que está destinada a ser guardiã de Lissa.
Depois de dois anos fora da escola, os guardiões da São Vladimir encontram Rose e Lissa e as levam de volta. E então conhecemos o glorioso e reservado guardião russo, Dimitri Belikov, conhecido como um deus por ser muito bom em matar os Strigoi. Ah, antes que fiquem imaginando coisas, ele não se gaba disso, ele apenas é bom no que tem que fazer.
Com direito à meninas mimadas e panelinhas, chegamos à escola e logo começa um bullying violento contra Lissa e Rose. E isso faz com que volte o sentimento de Rose que ela deve proteger Lissa e que o perigo "maior" está dentro da escola. Mas depois de dois anos sem treinos pesados, Rose tem que alcançar seus colegas aprendizes para poder formar a tempo. É aí que começa a longa história de Dimitri e Rose. Ele será seu instrutor e teremos várias partes do livro com romances, mas sempre reservado, pois é meio que proibido esse relacionamento deles.
E como eu disse no post anterior de VA, esse não é um livro de romance. Tem romance? Sim. Muito? Sim, mas não é o principal tema. É contada a história de Rose, não a de Rose e Dimitri.
Lissa e Rose possuem uma misteriosa e forte ligação psiquica que faz com que Rose - literalmente - consiga sentir Lissa. E Lissa passa a ser uma nova preocupação, pois na idade dela, ela já deveria ter alguma habilidade com magia.


Rose é sarcástica, respondona, malcriada e engraçada, além de fazer as coisas sem pensar muito. E algumas besteiras da personagem podem fazer você se irritar com ela, fora a obsessão - insuportável em alguns momentos - que ela tem de proteger Lissa. Mas Rose é decidida, forte, com tiradas sensacionais que faz você se apaixonar por ela. Agora, eu dou graças a deus pelo livro ser escrito na visão de Rose e não na de Lissa. Ela é muito mimimi, é frágil demais (assim como todos os Moroi) e tudo que faz, depende da Rose. Mas com o decorrer do tempo, ela pode te surpreender muito com sua mudança. Lissa acaba se aproximando de Christian Ozera, que tem o humor parecido com o de Rose, e é ótimo os diálogos com os dois.
Só posso dizer isso e que é uma história viciante e intrigante que mistura drama, mistério, problemas atuais, romance, terror e o humor genial da Richelle Mead. Apesar de toda a complicação esquisita que expliquei sobre a sociedade dos vampiros e a realeza, a história é perfeitamente contada e fácil de entender - no livro, pelo menos.


Alguém já leu os livros da série? Conta aí o que achou. ;)

domingo, 7 de setembro de 2014

De 18, para 8


      Querida Ângela de dez anos atrás,

Oi, magrela. Tudo bem? Seus joelhos ainda estão ralados? Bem provável que esteja ótimo aí e muito mais provável que seus joelhos estejam ralados também. Antes de qualquer conclusão, te aviso que quem te escreve é sua "eu" do futuro. Dez anos depois. Você com oito, agora com dezoito. Não se assuste com isso (o que acho bem difícil em comparação às coisas que você pensa), peço apenas que preste atenção no que vou lhe dizer. Uma hora ou outra você vai acabar sabendo disso tudo, mas não vejo problema em contar coisas que você certamente precisava saber antes.

Mesmo tendo oito anos, você é uma garotinha esperta e tem de usar isso como arma, ok? Use sua intuição com as amizades de agora e com as futuras, ela não costuma falhar. Não queira confrontá-la. E já te aviso que muitos dos seus amigos sairão da sua vida, mas mesmo assim, muitos ainda virão. Alguns ótimos, outros nem tanto. Mas todos importantíssimos para seu crescimento como pessoa. Ah, e você terá amigos que nunca imaginou ter: os melhores!

Ângela, te peço que não dê muita importância para o que os outros pensam, falam ou deixam de falar. Você ainda vai mudar muito, acredite nisso firmemente. Muito de nós duas vai se perder com o tempo, mas não se preocupe, a tagarelice de quando estamos nervosa e o péssimo senso de humor vão continuar conosco. E mesmo com isso, nunca se esqueça, as pessoas realmente gostam de te ter por perto. Não pense muito o contrário.

Aliás, crescer nem é tão horrível assim. Claro que nós não iremos pegar o carro logo que a permissão chegar, você sabe como seu - nosso - pai é. Seu corpo vai mudar muito, assim como sua cabeça. As coisas ficam mais realistas, não dá para pedir para as fadas e os duendes te ajudarem para sempre. Uma pessoa que vai te ajudar muito a achar suas coisas perdidas é São Longuinho. Temos uma longa lista de agradecimentos à ele. Não fique triste com suas notas na escola, saiba que nossos pais vão brigar muito conosco por causa disso, mas é para o bem maior. Eu sei que bate aquela preguiça, mas no final dá certo, você é esforçada quando quer, basta acreditar no potencial que tem.

Nessa idade você finalmente estará demonstrando interesse por livros, então peço que você leia, leia e leia. Leia até as bulas dos remédios que você tem que tomar. Um hábito que temos até hoje é ler, mergulhar, viajar e se desmanchar dentro dos livros. Siga sua intuição novamente, pois você encontrará livros com histórias incríveis que virão neles. Ah, junte dinheiro para comprar uma estante, estou cansada de "roubar" caixotes de feira. E junte também para comprar mais livros, mamãe e papai não lhe dará livros sempre que tiver promoções maravilhosas. E, consequentemente, com toda essa leitura, você vai começar a escrever e lhe peço que nunca pare.

E em relação à sua vida amorosa, logo, logo você deve descobrir que os garotos da sua idade são muito imaturos. A medida que você crescer, outros garotos aparecerão e te deixarão nas nuvens, mas também vão te decepcionar. Menos um. E quando esse "um" chegar, você vai saber, acredite. Apesar dos meios inesperados pelos quais ele vai entrar na sua vida, tudo no fim vai valer a pena e ele vai te fazer muito feliz.

Sobre seu corpo, não se preocupe tanto. Não que você vá se preocupar durante os próximos oito anos, mas tente comer um pouco menos bobeira, eu agradeceria muito hoje. Isso inclui seu cabelo, você ainda não perdeu a mania de cortá-lo sempre que dá. Você não vai acreditar no que eu fiz com nosso cabelo no início do ano, ficou maravilhoso! E sobre seus dentes, iremos muito ao dentista, coisa que odiamos, mas logo você vai parar de usar esse aparelho, mas também vai valer a pena.

Antes de mais nada, tente não ficar muito em dúvida em qual curso você gostará de fazer quando crescer. Muitos vão te pressionar e você vai passar noites te odiando por ser tão indecisa. Brincar com as cachorras vai te fazer muito feliz, mas não dá para fazer só isso.

Beijos,

Ângela de dez à frente.

P.S.: Pai e mãe não estarão aqui para sempre, lembre sempre disso.


terça-feira, 2 de setembro de 2014

Sobre Academia de Vampiros

Sinceramente, eu estou agoniada. O mês de agosto foi mês de fotos de livros, mas também foi mês de apenas livros. Sim, livros específicos. Sendo um pouco mais precisa, hoje vou desabafar sobre a saga Academia de Vampiros, da Richelle Mead.

Foi mais forte que eu e ainda está dentro de mim. Simplesmente não me deixa seguir em frente. Não consigo ler nada e, quando tento, é horrível. Sempre que abro um livro, é como se eu esperasse ler a continuação do outro livro, mas não é e acabo achando o outro livro uma bosta. Eu sei, essa é a tal da ressaca literária.


Vai ficar bem extensa a resenha, mas são seis livros para tentar falar sem nenhum spoiler. Vocês não têm ideia do quanto é difícil falar desses livros. As sinopses dos livros são bem fracas e fazem parecer tudo bobinho e clichê, não mostrando o quanto a história é rica e maravilhosa. Ah, e não é romance. Se tem romance? Tem. Muito? Muito. É o principal tema? Não. Não é a história de Rose e Dimitri. É a história de Rose.

Tem amizade, tem traição de todo tipo de gente, política, psicopatas para todos os lados, depressão, amor e bêbados. Olha só, você nem precisa ler essa resenha. Esqueça isso e vá logo ler os livros, porque nada que eu disser vai mostrar realmente como essa série é incrível!

"Eu tinha um acordo permanente com deus. Concordara em acreditar na existência dele, contanto que ele me deixasse dormir até tarde aos domingos."
É bem difícil, mas vou tentar explicar para que vocês saibam mais ou menos como é. Na história temos duas raças de vampiros. Os Moroi que são vampiros do "bem", não matam e bebem sangue apenas para sobreviver. E os Strigoi que são vampiros do mal, imortais, imorais e só querem poder (isso não acontece por escolha, é da natureza deles). Temos também os dampiros, que são meio vampiros e meio humanos e possuem as melhores qualidades das duas raças (e eles não bebem sangue, apenas comida comum). Eles são treinados a vida inteira para proteger os Moroi de possíveis ataques Strigoi. É claro que essa é uma explicação bem simplificada, a coisa toda é bem mais complicada que isso.

Os Moroi têm uma sociedade monárquica. Há a rainha, as pessoas da realeza e as pessoas que não são da realeza. E como todo sistema, ele é completamente injusto para alguns, tem muita corrupção e muita coisa acontecendo por debaixo dos panos. Lissa Dragomir é uma Moroi que faz parte da realeza, que é bem diferente da que conhecemos, e é a última da linhagem Dragomir. Ela é aquela típica menina doce, meiga e sofre muito com problemas de depressão. Rose Hathaway - a protagonista e melhor amiga de Lissa - é uma dampira, que treina desde sempre para ser guardiã da amiga. Ela é o total oposto de Lissa, rebelde e boa de briga.

Bom, o livro O Beijo das Sombras começa com Rose e Lissa foragidas, vivendo entre os humanos há dois anos. Elas acabam sendo "pegas" pelos guardiões da Academia St. Vladimir (nome da série Academia de Vampiros) e voltam para a escola. Mesmo com o clima estudantil com total direito a panelinhas e garotas populares e invejosas, Rose e Lissa ainda estão cercadas pelo lado sombrio da história. Há algo muito errado com as duas, uma magia poderosa e desconhecida as ronda. E basicamente esse é o resumo chato e sem graça dos seis livros, que são maravilhosos.


Minha sincera opinião

O que mais gostei e achei super interessante na série é que ela é contínua. Não tem um único mistério para os seis livros que só vai ser desvendado no último livro. É tipo a vida, coisas acontecem e depois são resolvidas. Mas essas coisas têm consequências que geram mais problemas e assim por diante. Até o sexto livro. E você se pergunta: como diabos eles se metem em tanta confusão?

Vou falar a verdade, a escrita da Richelle nos primeiros livros estava um pouquinho ruim e os mistérios estavam muito óbvios para Rose e nós (leitores) descobríamos as coisas primeiro que ela. Razões para ela ter feito algumas coisinhas sem noção.

E mesmo com esse ponto, minha vida teve fim depois que comecei a reler os livros. Foram 20 dias, 2.417 páginas e algumas noites praticamente em claro. O segundo livro foi muito rápido. O terceiro foi ótimo, porém paradinho. Mas o fim foi tipo: Como assim?! Não pode! Não pode ser! Minha vida acabou, nada mais tem sentido. Então, a partir dele, as coisas ficam mais sérias, muito mais realista e Richelle melhorou bastante a escrita.

Acontece todo tipo de coisa com todos os personagens do livro. É tanta reviravolta! E Richelle consegue evoluir seus personagens de maneira incrível e não os deixa perder a essência de antes. Rose era uma bitch de carteirinha e bem que mereceu seus apelidos no primeiro livro, mas o tanto que ela cresce é surpreendente. Todos os personagens, os bons, os ruins, os mais ou menos, ela prestou atenção em cada um deles.

Uma coisa bem chata, é que todo mundo (todo mundo mesmo) idolatra Rose. Ela é foda? É. Linda? Também. Mas ela tem uma personalidade muito forte (não é tanto problema assim, mas o resto é), é egoísta, arrogante e é simplesmente inacreditável que todo mundo é totalmente compreensível com ela a todo momento. Ela vive pisando em Adrian e ele ainda faz de tudo para ela. Tirando Christian, que não engole Rose e sempre a contraria.

Claro, dá para entender que Rose faz o que faz sempre para proteger seus amigos e muitas das vezes os colocam na frente de seus próprios interesses. Mas eles só têm tantos problemas porque ela os coloca nessas situações na maioria das vezes. Alguns jogam isso na cara dela, o que é bom.

E Dimitri. Ah, o Dimitri. Como só o vemos através dos olhos de Rose, ele é aquele cara sexy, reservado, que te quer mais que tudo, mas não pode. O que nós sabemos sobre ele é o que ela pensa e o que ela vê. Mas Dimitri não interage muito na história, o que deixa o personagem e o romance proibido um pouco a desejar. Eu torcia muito para os dois, mesmo com a falta do Dimitri. E tudo fica melhor no sexto livro, que a interação de Dimitri vem em peso e nós o conhecemos muito melhor.

A série acaba com algumas questões abertas e acho que Richelle fez isso por causa do spin-off Bloodlines, que conta a continuação da história, mas na visão de outra personagem. Aliás, já comprei e logo mais farei a resenha de todos os livros de AV e de Bloodlines.

Vish! Ficou bem grande. Hahah Leram isso tudo?

Au revoir!