O lugar no qual ele mais se sentia inspirado, era naquele bar. Ele achava o bar um tanto quanto arrumado, e não tinha nada de buteco. Arrumadinho, ambiente agradável. Ótimo lugar para continuar seu livro. Ele precisava escolher uma das poucas mulheres para criar um personagem com um amor não correspondido. Talvez aquela magrela e alta que parece modelo. Não, não serve. Modelos ganham para andar sem expressão. Às vezes, aquela que parece uma índia com os cabelos longos sentada no balcão. Entretanto, pelo jeito como o cara grandão colocou a mão na cintura dela, parecia bem provável que ela não estava sofrendo por um amor platônico. Para ele, parecia que não havia nenhuma mulher interessante, até olhar para uma mesa no canto do bar.
A mulher tinha cabelos cor de fogo e escrevia numa pequena agenda, e havia também um pequeno notebook na sua frente. Depois de algum tempo observando-a, Bruno, o rapaz escritor à procura de uma mulher interessante, estava quase desistindo de tentar ver seu rosto. E, então, ela chamou o garçom e pediu mais do que estava bebendo. O rapaz, com cabelo de cachinhos, pode ver claramente aqueles olhos verdes e vibrantes, a boca rosada, a pele clara com poucas sardinhas. Ele era apaixonado por sardinhas, mas não contava para ninguém.
Porém, a mulher de cabelos vermelhos não tinha nenhum traço de desilusão amorosa, pelo menos não parecia. Então decidiu, subitamente, escrever sobre aquela mulher. Independentemente se ela estivera sofrendo por amor, seja fria ou a mulher mais sem cérebro que fosse. Não importa, ele estava disposto a mudar todo o enredo do seu livro para poder escrever sobre ela.
Porém, a mulher de cabelos vermelhos não tinha nenhum traço de desilusão amorosa, pelo menos não parecia. Então decidiu, subitamente, escrever sobre aquela mulher. Independentemente se ela estivera sofrendo por amor, seja fria ou a mulher mais sem cérebro que fosse. Não importa, ele estava disposto a mudar todo o enredo do seu livro para poder escrever sobre ela.
Então a mulher fechou o notebook e a agenda e colocou-os dentro de uma bolsa. Levantou-se da mesa, pagou e foi para a saída. Ficou algum tempo parada na porta, olhou para os lados e, então, saiu entre os carros. E ele precisava conhecê-la.